Os Ornatos Violeta foram a banda escolhida para o primeiro espetáculo ao vivo do novo Pavilhão Rosa Mota, agora também Super Bock Arena.
Formados no Porto em 1991, os Ornatos Violeta estiveram em actividade perto de uma década, durante a qual conquistaram o estatuto de banda de culto, graças aos dois álbuns editados e às suas intensas prestações em concerto. Em 2002 anunciaram a separação, regressando em 2012 para a celebração dos 20 anos da sua formação, com oito concertos especiais. Em 2019 voltam, para comemorar mais um marco, porque, 20 anos depois, “O Monstro (ainda) Precisa de Amigos”.
Em ano de celebração do 20º aniversário de “O Monstro Precisa de Amigos” os Ornatos Violeta juntam às comemorações o concerto de inauguração da Super Bock Arena, num formato especial, em 360º, no centro da plateia. Um convite que surge após o curto regresso da banda aos palcos, para a interpretação integral da sua obra seminal em quatro grandes festivais, NOS Alive, MEO Marés Vivas, Maré de Agosto e Festival F e que Elísio Donas, Manel Cruz, Nuno Prata, Peixe e Kinörm não poderiam deixar de aceitar, dada a ligação ao Palácio de Cristal, icónico ex-libris do Porto, que agora entra numa nova fase.
Editado a 22 de novembro de 1999, “O Monstro Precisa de Amigos”, o segundo e último álbum de originais dos Ornatos Violeta, superou as expectativas criadas pelo disco de estreia, “Cão!”, e confirmou o talento de Manel Cruz (voz), Nuno Prata (baixo), Peixe (guitarra), Kinörm (bateria) e Elísio Donas (teclados) na composição de canções intemporais que, ano após ano, continuam a ser descobertas, recuperadas ou interpretadas pelas gerações mais novas. É o caso de “Capitão Romance” — que conta com o convidado especial Gordon Gano, dos Violent Femmes, uma das maiores referências dos Ornatos Violeta, a cantar em português —, ”Chaga”, “Dia Mau” ou “Ouvi Dizer” — com a participação especial e inolvidável de Vítor Espadinha —, verdadeiros tesouros do cancioneiro nacional.
Produzido por Mário Barreiros, “O Monstro Precisa de Amigos” foi o habitual “difícil segundo disco” que acabaria por se revelar o magnum opus da banda, quer a nível comercial, atingindo a marca de Platina quer, sobretudo, na recepção pelos fãs e crítica especializada, com a BLITZ a considerá-lo um dos 3 melhores álbuns portugueses editados nos anos 90 e um dos 25 melhores álbuns portugueses editados entre 1960 e 2000.